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Qui, 13 Ago 2020 10:15:00 -0300
Covid-19 - Soros de cavalo têm mais de 20 vezes anticorpos neutralizantes
Nesta quinta, o pesquisador da UFRJ e bolsista PQ do CNPq, Jerson Lima Silva, presidente da Faperj, e o médico Adilson Stolet, presidente do Instituto Vital Brazil, anunciarão o depósito de uma patente e a uma publicação oriundos dos resultados das pesquisas com soros produzidos por cavalos para o tratamento da Covid-19. Na pesquisa, pelo menos cinco bolsistas PQ do CNPq envolvidos.Nesta quinta-feira, dia 13/08, em sessão científica na Academia Nacional de Medicina, o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Jerson Lima Silva, presidente da Faperj, e o médico Adilson Stolet, presidente do Instituto Vital Brazil, anunciarão o depósito de uma patente e a submissão de uma publicação oriundos dos resultados das pesquisas com soros produzidos por cavalos para o tratamento da Covid-19.
No estudo, que contou com o apoio do CNPq, Depois de 70 dias, os plasmas de quatro dos cinco cavalos do Instituto Vital Brazil, no Rio de Janeiro, que foram inoculados, em maio de 2020, com a proteína S recombinante do coronavírus, produzida na Coppe/UFRJ, apresentaram anticorpos neutralizante 20 a 50 vezes mais potente contra o vírus SARS-CoV-2 do que os plasmas de pessoas que tiveram Covid-19.
Em virtude dos excelentes resultados, os pesquisadores da UFRJ e do Instituto Vital Brazil acabam de depositar patente referente a invenção de soro anti-SARS-CoV-2, produzido a partir de equinos imunizados com a glicoproteína recombinante da espícula do vírus SARS-CoV-2.
A originalidade do trabalho está na produção do soro por equinos contra os vírus SARS-CoV-2. O pedido de patente se refere ao processo de produção do soro anti-SARS-CoV-2, a partir da glicoproteína da espícula (spike) com todos os domínios, preparação do antígeno, hiperimunização dos equinos, produção do plasma hiperimune, produção do concentrado de anticorpos específicos e do produto finalizado, após a sua purificação por filtração esterilizante e clarificação, envase e formulação final.
O trabalho científico, que envolve parceria da UFRJ, Instituto Vital Brazil e Fiocruz, está sendo depositado no MedRxiv, um repositório de resultados preprint (pré-publicados).
A pandemia por Covid-19 resultou, até agosto de 2020, em mais de 700 mil mortes e mais de 19 milhões de casos confirmados. No Brasil, a triste marca de 100 mil óbitos e três milhões de infectados foi atingida esta semana. Enquanto não há vacinas aprovadas e, mesmo posteriormente, em virtude da dificuldade em atender à grande demanda de vacinação em todo o mundo, o uso potencial da imunização passiva por terapia com soro deve ser considerado com uma opção.
A soroterapia é um tratamento bem-sucedido, usado, há décadas, contra doenças como raiva, tétano e picadas de abelhas, cobras e outros animais peçonhentos como aranha e escorpiões. Os soros produzidos pelo Instituto Vital Brazil têm excelente resultado de uso clínico, sem histórico de hipersensibilidade ou quaisquer outras eventuais reações adversas. Os estudos clínicos ocorrerão em parceria com o Instituto D¿Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).
Participaram da pesquisa um grupo grande de cientistas, incluindo pelo menos cinco bolsistas PQ do CNPq. Dentre os pesquisadores estão: Leda Castilho (PQ 1C) e Renata Alvim (Coppe/UFRJ); Adilson Stolet, Luís Eduardo Ribeiro da Cunha e Marcelo Strauch (Instituto Vital Brazil); Amilcar Tanuri, Andrea Cheble Oliveira (PQ 2), Andre Gomes (PQ 2), Victor Pereira e Carlos Dumard (UFRJ); Thiago Moreno Lopes (PQ 1D) (Fiocruz) e Herbert Guedes (PQ 2) (UFRJ/Fiocruz).
Além do CNPq, a pesquisa contou com apoio financeiro da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Serviço:
O anúncio será feito em conferência online no Web Hall da ANM zoom/anmbr e em transmissão ao vivo pelo Facebook/anm1829.
Dia: Quinta-feira - 13/08
Horário: a partir das 18:00
Mais informações:
Claudia Jurberg ¿ Faperj e ANM - tel.(21) 99973.4982
Thaís Marini ¿ Instituto Vital Brazil ¿ tel. (21) 99662.2965
Carlos Ribeiro/Coppe ¿ tel. (21) 96781.6238
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Qua, 12 Ago 2020 12:44:00 -0300
Comunicado sobre bolsas PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI
CNPq informa que, tendo em vista os efeitos da pandemia ocasionados pelas diferentes medidas de enfrentamento à COVID-19 em âmbito nacional, prorrogará até 31/08/2020 (30 dias) as bolsas concedidas nos Programas Institucionais de Bolsas de Ini ciação Científica e Tecnológica (PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI), com vigência encerrada em 31/07/2020.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informa que, tendo em vista os efeitos da pandemia ocasionados pelas diferentes medidas de enfrentamento à COVID-19 em âmbito nacional, prorrogará até 31/08/2020 (30 dias) as bolsas concedidas nos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica (PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI), com vigência encerrada em 31/07/2020.
O CNPq adotará as medidas necessárias à prorrogação, não sendo requerida qualquer ação por parte das instituições ou dos beneficiários.
Adicionalmente, este Conselho comunica que alterou o ciclo de concessão das bolsas das Chamadas PIBITI nº 08/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico; PIBIC nº 10/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica; PIBIC-EM nº 13/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio; e PIBIC-Af nº 14/2020 - Programa Institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas.
Dessa forma, o período de 12 (doze) meses de concessão dessas bolsas passa a viger de 01/09/2020 a 31/08/2021.
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Qui, 06 Ago 2020 15:40:00 -0300
PIBIC, PIBIC-Af, PIBIC-EM e PIBITI: resultados preliminares
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) divulga os resultados preliminares das Chamadas CNPq nº 08/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), Chamada CNPq nº 10/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Chamada CNPq nº 13/2020 - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio (PIBIC-EM) e Chamada CNPq nº 14/2020 - Programa Institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (PIBIC-Af).Serão concedidas 35.500 bolsas, com investimento de R$ 150,24 milhões. No total, foram recebidas 989 propostas de instituições de todo o país.Após o período recursal de 10 dias, a partir das publicações dos resultados preliminares, serão divulgados os resultados finais das Chamadas.Confira aqui a lista completa dos resultados:
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Sex, 26 Jun 2020 11:53:00 -0300
Conheça o vencedor da 40ª edição do PJR
Com 35 anos de jornalismo científico, Carlos Henrique Fioravanti foi escolhido o vencedor da 40ª edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O jornalista escreve sobre ciência, ambiente e tecnologia desde 1985 e produziu mais de mil matérias jornalísticas para jornais - Diário Comércio & Indústria, O Estado de S. Paulo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico - e revistas nacionais - Química e Derivados, IstoÉ, Revista Brasileira de Tecnologia, Globo Ciência, Ciência Hoje, Nova Escola, Pesquisa Fapesp - e internacionais - Nature Medicine e Lancet. Há 21 anos, Fioravanti é editor da Revista Pesquisa Fapesp.
Segundo a Comissão Julgadora, o jornalista foi escolhido não só pela qualidade e relevância dos trabalhos, mas, também, pela "contribuição ao fortalecimento da área de jornalismo científico no Brasil, a qualidade criativa e literárias das narrativas jornalísticas experimentadas em seu percurso, a visão crítica e analítica das Políticas Públicas de CT&I e em reconhecimento à sua contribuição em prol da divulgação e popularização da ciência, tecnologia e inovação."
Fioravanti ressalta a importância do prêmio e afirma estar honrado com a escolha. "O Prêmio José Reis é o mais alto reconhecimento que um profissional da área de ciência e tecnologia poderia receber. É especialmente importante neste momento, quando a ciência e o jornalismo precisam ser valorizados", apontou.
Trajetória
Fioravanti fez a graduação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1983), especialização pelo Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford, Inglaterra (2007) e doutorado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (2010). Realizou projetos de pesquisa sobre mídia e mudanças climáticas no Brasil e na Inglaterra (2006-2007) e sobre desenvolvimento de fármacos no Brasil, na Inglaterra e nos Estados Unidos (2007-2010). Publicou cinco artigos acadêmicos originais sobre Jornalismo Científico: em 2010, 2013, 2014, 2016 e 2018.
Fioravanti é, ainda, autor de três livros: A Molécula Mágica -- A Luta de Cientistas Brasileiros por um Medicamento contra o Câncer (2016), O Combate à Febre Amarela no Estado de São Paulo -- História, Desafios e Inovações (2018) e A Guerra contra o Câncer no Brasil -- Médicos e Cientistas em Busca de Novos Tratamentos (2019).
Ele recebeu cinco vezes o Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica (2003, 2004-coautor, 2006, 2008 e 2014), o Stop TB Partnership Award for Excellence in Reporting on Tuberculosis (2009), o Prêmio de Jornalismo Medtronic 2014, o I Premio de Periodismo Científico del Mercosul (2018) e o Prêmio Jornalista Tropical (2018).
O Prêmio
O Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica é concedido pelo CNPq desde 1978, destinado às iniciativas que contribuam para tornar a Ciência, a Tecnologia e a Inovação conhecidas do grande público. É uma homenagem ao médico, pesquisador, jornalista e educador, José Reis. É atribuído em um sistema de rodízio a uma das três categorias: "Jornalista em Ciência e Tecnologia", "Instituição ou Veículo de Comunicação" e "Pesquisador e Escritor".
O vencedor ganha R$ 20 mil em dinheiro e diploma. O Prêmio é tradicionalmente entregue durante a abertura da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que seria neste mês de julho. Devido à pandemia da Covid-19, a reunião foi adiada e não há, ainda, uma nova data confirmada.
A Comissão Julgadora desta edição, que analisou as 25 inscrições, foi presidida por Maria Ataíde Malcher da Universidade Federal do Pará (UFPA) e composta por Alex Sandro Gomes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ig Ibert Bittencourt Santana Pinto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Mariluce de Souza Moura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Germana Fernandes Barata da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Luisa Medeiros Massarani da Fundação Oswaldo Cruz.
Para saber mais acesse www.premiojosereis.cnpq.br
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Sex, 07 Ago 2020 14:58:00 -0300
CNPq realiza I Webinar do SinBiose
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizará, nos próximos dias 11, 12 e 13 de agosto, o I Seminário de Integração do Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos - SinBiose. No evento, que acontecerá virtualmente, os pesquisadores que compõem as equipes dos projetos contratados por meio da Chamada CNPq/MCTIC no 17/2019 terão a oportunidade de apresentar e debater com o Comitê Científico do SinBiose os projetos em desenvolvimento.A abertura do evento, dia 11 de agosto, às 15h, terá transmissão ao vivo para o público em geral pelo canal do CNPq no Youtube. Com o tema "Inovação na produção de conhecimento científico em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos: síntese, co-produção e redes de colaboração", a sessão aberta contará com a presença do presidente do CNPq, Evaldo Vilela, do Secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, além de palestrantes e debatedores. Confira, abaixo, a programação da live de abertura do Seminário.I Seminário de Integração de projetos do SinBiose - Inovação na produção de conhecimento científico em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos: síntese, co-produção e redes de colaboraçãoPROGRAMAÇÃO15h às 17hAberturaEvaldo Vilela (Presidente CNPq) e Marcelo Morales (Secretário do MCTI)PalestrantesMaria Carmen Lemos (Universidade de Michigan) e Rafael Loyola (UFG e FBDS)ModeradorValério Pillar (UFRGS e Comitê Científico SinBiose)DebatedoresMaria Beatriz Bonacelli (UNICAMP)Mercedes Bustamante (UnB e Comitê Científico SinBiose)Jean Paul Metzger (USP e Comitê Científico SinBiose)O SeminárioSerão abordados os desafios e oportunidades para integração dos projetos, a partir da perspectiva de trabalho do SinBiose, de uma abordagem interdisciplinar e colaborativa para a produção de conhecimento e adequada comunicação de resultados para a sociedade. As sessões, após a abertura, serão fechadas para os participantes dos projetos.Trata-se da primeira geração de projetos SinBiose, que representa um marco de inovação na gestão de fomento na área de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos no Brasil. A parceria do CNPq e do MCTI na estruturação do Centro de Síntese busca fornecer as ferramentas necessárias para um modelo de pesquisa científica que leve a resultados socialmente relevantes. Assim, o SinBiose inclui em sua visão de gestão do fomento aspectos fundamentais como modelos conceituais para pesquisa colaborativa, estrutura de governança adequada, e estratégia de comunicação científica para diversos públicos-alvo.O SinBioseO Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos é uma estrutura de pesquisa inovadora no cenário nacional. Foi criado a partir da necessidade de integrar informações de diferentes disciplinas para gerar conhecimento novo e relevante, dos pontos de vista cientifico e social. Em sintonia com o modelo de ciência de síntese internacional, propõe uma abordagem interdisciplinar e colaborativa na discussão de questões atuais sobre a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. É aberto à colaboração internacional, com outros centros de síntese e grupos de pesquisa que queiram contribuir para a sua missão.Saiba mais: http://www.sinbiose.cnpq.br/
Chamadas recentes
- CHAMADA MCTI/CNPQ/MS/SCTIE/DECIT/FUNDAÇÃO BILL & MELINDA GATES GRAND CHALLENGES EXPLORATIONS ¿ BRASIL: CIÊNCIA DE DADOS PARA MELHORAR A SAÚDE MATERNO INFANTIL, SAÚDE DA MULHER E SAÚDE DA CRIANÇA NO BRASIL
- Chamada CNPq/MS/SAPS/DEPROS Nº 27/2020 - Pesquisa em Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco Associados
- Chamada CNPq/MS/SAPS/DEPROS Nº 28/2020 - Formação em doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco associados
- CHAMADA MS-SCTIE-DECIT-DGITIS-CGCIS / CNPQ Nº 26/2020 - PLATAFORMAS INOVADORAS EM TERAPIAS AVANÇADAS
- Chamada CNPq Nº 12/2020 - Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação - MAI/DAI
- Chamada CNPq Nº 02/2020 - Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora - DT
- Chamada Pública CNPq/ MCTIC/SEMPI Nº 01/2020 - Empreendimentos e soluções de base tecnológica na área de Grafeno
- Chamada CNPq/MCTIC Nº 03/2020 - SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA -
- Chamada Pública CNPq/ MCTIC/SEMPI Nº 01/2020 - Empreendimentos e soluções de base tecnológica na área de Grafeno
- PIBIC Nº 10/2020 - PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2020 - 2021
- PIBIC-EM Nº 13/2020 - PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO 2020 - 2021
- PIBIC-Af N° 14/2020 - PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA NAS AÇÕES AFIRMATIVAS 2020 - 2021
Agenda
Evento em versão on-line é oportunidade para conhecer as pesquisas desenvolvidas no Museu de Astronomia e Ciências Afins e avaliar os resultados dos trabalhos de iniciação científica dos graduandos.
Para divulgar e avaliar os resultados dos trabalhos de iniciação científica dos graduandos a partir de pesquisas vinculadas às diversas áreas de conhecimento do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), a Coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq) realiza nesta quinta-feira (13) a XXV Jornada de Iniciação Científica.
Com as mudanças provocadas pela pandemia do coronavírus, a edição do ano de 2020 se adapta para ser inteiramente on-line, com os bolsistas apresentando seus projetos previamente gravados e interagindo com o comitê avaliador externo, formado pelos professores Antonio Augusto Videira (UERJ), Martha Marandino (USP) e Rafael Zamorano (MHN). O encontro promoverá ainda uma homenagem à professora Guaracira Gouvea (1947 - 2020), em sua mesa de abertura que acontece às 10h.
Os interessados em acompanhar as apresentações podem participar na Sala Virtual, acessando por este link:
Para visualizar o Caderno de Resumos da XXV Jornada PIBIC, basta acessar este link http://www.mast.br/images/noticias/2020/agosto/caderno-de-resumos-pibic-2020.pdf
Programação:
10h - Abertura:
- Simone Rodrigues Elias (MAST), Marta de Almeida (Coordenadora do PIBIC), Antonio Augusto Passos Videira (UERJ), Martha Marandino (USP) e Rafael Zamorano (MHN).
10h15 - 25 anos PIBIC/MAST
- Andrea Costa MN e UNIRIO, e Fernanda Barbosa Reis PCI MAST.
10h30 - Educação e Ciência no Brasil: uma homenagem à profª. Guaracira Gouvêa.
- Carmem Irene C. de Oliveira - UNIRIO. - Apresentação de Vídeo da Coordenação de Educação em Ciências.
11h - Sessão de debates 1
- Andressa de Sousa Braz - A circulação e recepção da carta ao milionésimo 1922.
- Matheus Freire Silva Torres - Produção e circulação da carta ao milionésimo 1922.
- Yuri Costa Pinto Mariano - Documentação de acervo de objetos de C&T dos observatórios magnéticos de Vassouras e Tatuoca.
- Jackson Almeida de Farias - Estudo sobre editais de divulgação e popularização da ciência do CNPQ no período 2003-2015.
- Mateus Vieira Granja - A estrada de ferro D. Pedro II e as possibilidades de popularização de história da ciência.
- Nícollas Coêlho Brandão - A estrada de ferro D. Pedro II e as possibilidades de popularização de história da ciência.
12h - Almoço
14h - Sessão de debates 2
- Larissa Valiate Leal de Almeida
- Popularização da ciência e tecnologia a partir de instrumentos científicos de valor histórico do acervo do MAST.
- Taylan Sales Silva - Um olhar para o ensino de astronomia no Brasil: a divulgação da astronomia na colaboração museu-escola.
- Edmo Martins Melo - Dados para um estudo prosopográfico: narrativa sobre transformações vividas no conselho deliberativo do CNPQ em seus primeiros vinte anos.
- Tainah Gouvêa dos Santos - Recuperação, preservação e acesso à informação: o arquivo CNPQ e o Prosopon.
- Guilherme Villela Pereira - Observações astronômicas nas expedições demarcatórias de limites no século XVIII - a viagem dos instrumentos.
- Maria Eduarda Couto de Melo - As comissões de limites: viagens e circulação de saberes e demarcação territorial na Amazônia durante o século XVIII.
- Heitor Martins Guimarães - A fronteira na história da antropologia: acervo digital, céu Tikuna e sazonalidade.
- Lia Fernandes Peixinho - A história da antropologia Tikuna em coleções digitais.
15 h - Intervalo
15h10 - Sessão de debates 3
- Iara Barbosa do Nascimento - Um diagnóstico sobre a participação feminina na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.
- Núbia de Sousa Rodrigues - As instituições científicas na Exposição Internacional de Higiene e seu impacto na imprensa.
- Marcela Valverde Carvalho - Clima, saúde e espaço urbano.
- Bruno Felipe Monteiro Arruda - A constituição da astrofísica no Brasil.
- Letícia Maria Rodrigues de Melo Oliveira - Mulheres e astrônomas.
- Jéssica Maria da Silva - Estudo de conservação preventiva de documentos científicos e históricos.
- Maria Elena Venero Ugarte - Estudos de conservação preventiva de documentos científicos e históricos - termos e conceitos em diagnóstico de conservação e indicação de propostas de tratamento.
- Victor Hugo de Paula Capilé de Souza- Estudo de estratégias em educação de ciências em museus de ciência e tecnologia.
16 h - Encerramento
Esta edição celebra os 25 anos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/CNPq no MAST. A Jornada é uma oportunidade de conhecer as pesquisas desenvolvidas nas diversas coordenações do MAST e avaliar os resultados dos trabalhos de iniciação dos graduandos. A iniciativa busca estimular a vocação científica, proporcionando aos estudantes com potencial talento científico a participação em projetos de pesquisa.
A Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) com apoio do Horizonte 2020 lança nova chamada de vacinas para Covid-19. Parceria global criada em 2017 com objetivo de desenvolver vacinas para evitar epidemias. A nova chamada está aberta até o final de setembro, mas as propostas serão avaliadas a cada três semanas para garantir o financiamento da pesquisa em tempo hábil.
A União Europeia co-financiou a chamada com 100 milhões de euros para apoiar o rápido desenvolvimento e a fabricação global de vacinas para Covid-19. O apoio da UE faz parte do compromisso de investir 1 bilhão de euros do programa de pesquisa e inovação da UE, Horizonte 2020, em pesquisas urgentemente necessárias para testar, tratar e prevenir a Covid-19.
Metade deste financiamento -50 milhões- já havia sido planejado no âmbito da parceria entre a Comissão e a CEPI. A quantia foi dobrada após o surto de coronavírus.
Confira a chamada em https://cepi.net/wp-content/uploads/2020/07/Call-text_COVID-19_CfP_C2ii_web.pdf
Ao longo dos anos, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) vem oferecendo uma série de atividades que despertam no público o interesse por temáticas da Astronomia, a exemplo de palestras, oficinas e observação do céu pela Luneta 21. Para ampliar esta ação, a Coordenação de Educação em Ciências do MAST desenvolve, desde 2018, o Curso de Astronomia para Visitantes, uma de atividade solicitada pelo público mais assíduo do Museu e que costuma esgotar todas as vagas de inscrição. Como tornou-se necessária a adaptação à nova realidade em tempos de combate ao novo coronavírus, a iniciativa vai migrar do auditório do MAST para a internet, criando uma oportunidade para alcançar um número maior de pessoas além do Rio de Janeiro. O novo formato do curso, que é totalmente grátis, vai estrear no Canal do MAST no YouTube - acessível pelo link https://www.youtube.com/channel/UCeN8E-sECPS7EqXUF9HY6cg - no próximo dia 17, às 17h, com um tema que celebra os 100 anos do grande debate com que iniciou a compreensão da imensa complexidade do Universo: Astrofísica Extragaláctica.
Este módulo on-line será realizado ao longo das segundas, quartas e sextas-feiras até o dia 31 de julho. Para quem estiver interessado basta preencher o Formulário de Inscrição, que está disponível pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdvVPQrH91DOHcN35IH6iBJ5YIwpN6K7VHYktpbX8OO_75CMw/viewform .
O Curso de Astronomia para Visitantes deseja trazer neste módulo os conceitos que permitem entender como se estimam distâncias no Universo, a estrutura das galáxias, os métodos com que são analisadas, os estudos sobre as maiores estruturas do Universo - os aglomerados de galáxias - e sobre as mais energéticas e exóticas fontes de radiação observadas, as galáxias de núcleo ativo (AGNs), que contém no seu interior os buracos negros mais poderosos existentes.
Sobre o tema
A Astrofísica Extragaláctica é o estudo das grandes estruturas do Universo, que começou a partir desses debates e que não para de trazer descobertas inquietantes. As primeiras duas décadas do século XX foram um tempo de revoluções científicas sem precedentes, em todos os campos, desde a Matemática até a Antropologia. Em Astronomia, a classificação espectral de miles de estrelas se converteu também na opção de trabalho das primeiras mulheres astrônomas profissionais. A construção de telescópios cada vez mais potentes permitia enxergar objetos cuja existência nem era suspeitada no fim do século XIX. Em 1918, o astrônomo Heber Curtis, observando a "nebulosa" M87, identificou uma estrutura em forma de jato que literalmente rachava esta nebulosa, algo nunca antes visto, cuja natureza apenas se podia lançar hipóteses sem muitos fundamentos.
Em 1920, Curtis e o astrônomo Harlow Shapley participam de um intenso debate sobre um tema que gerava discussões desde o fim do século XVIII: O tamanho real da Via Láctea. Estabelecer ¿os limites da Galáxia¿ era um tema acirrado, que implicava em definir se todos os objetos observados faziam parte desta estrutura ou se estavam ligados a outras "grandes nebulosas". Os critérios para resolver esta discussão se transformaram em um dos episódios mais relevantes da ciência do século XX e se materializaram, poucos anos depois, na abertura de muitas janelas para observar o céu e para começar a entender o Universo como um ente em evolução e não como uma coisa estática.